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29/08/2011

Série Calu: Parte 3

  Então o careca não era o pai dela. Foi a primeira de muitas coisas que descobri daquela complexa vida. Catharina teve-o como padrasto aos treze anos, dois anos após a morte de seu pai. Ela o amava demais, e não aceitava que a mãe tivesse casado-se novamente.

 ― Mas, Catharina, eu imagino que seja difícil. Porém, sua mãe tem que ser feliz.
 ― Eu sei, eu sei. Mas não entendo como o amor dela por meu pai acabou em tão pouco tempo. E agora ela vive com um cara estúpido, que não tem boa postura e a fez esquecer-se de seus valores.
 ― Como assim?
 ― Bem, antes ela vivia por seus princípios, suas crenças, por amor. Hoje, ela apenas vive. 
 ― Eu devo parecer um idiota, mas ainda não entendi... ― fiquei sem graça. Aquele papo não era comum com pessoas de minha idade. Nunca vi alguém descrever algo de forma tão inteligente e profunda. Talvez não fosse muito para uma pessoa normal, mas para mim que nunca tive a oportunidade de conversar assim, era incrível. Sempre quisera mas nunca soube falar sobre a natureza humana e expressar minha opinião de forma coerente. Finalmente apareceu alguém para ensinar-me. Compreensiva, ela me disse:
 ― Tudo bem, Lucas. Não vamos falar mais nisso, ok? Vamos falar de você.
 ―  De mim? Está bem. Eu tenho dezesseis anos, estou no segundo ano do ensino médio integrado em instrumentação e pretendo formar-me em Engenharia de Controle e Automação. Apesar de ainda pensar intensamente na faculdade de Música.
 ― Nossa, garoto de sonhos. Pensa em Engenharia por amor ou por dinheiro?
 ― Aah, pelos dois, hahaha. Mas não escolheria algo que não gostasse. E você, já escolheu também?
 ― Sim, sim. Serei geóloga e no tempo livre escritora de poemas totalmente opostos à realidade. Aliás, também faço técnico e toco piano.
 ― Não diga. Quer entrar na minha banda?
 ― Hehe, só se você me apresentar a galera. Sou nova na cidade e na escola.
 ― É, eu sei. Ninguém aqui sem ser eu usaria um pingente de clava dourada. Por que esse modelo só se encontra na loja ClassicMusic no Rio.
 ― É sim. Nossa, compreensivo, fofo, músico e bem informado.
 Corei.
 ― Rsrs, só um pouquinho. ― rimos. ― Que tal um tour pela cidade. Pode não ser grande, mas é bonitinha.
 ― Hum, acho que vou aceitar. Afinal, ficarei de castigo durante uma semana.
 ― Então vamos aproveitar! Que tal começarmos com um sorvete de chocolate e falando sobre a banda?
 ― Acho ótimo!

 E o passeio começou.

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 Oi, gente! ain, desculpe por ter sumido e ficar uma semana sem postar. Mas eu estava sem inspiração =/

O que vocês estão achando da série? Alguma opinião de posts?
Qualquer coisa entrem em contato no nosso orkut, ok?

@rayanav

3 comentários:

Raphaela Rodrigues disse...

aaah que lindo *---* ta muito maneiro :D'

Yasmin Almeida disse...

Obrigada, Rapha =)

Marcelo Hazuki disse...

História complexa, difícil pacas de ser entendida mas profunda em aspectos que remete o eu interior a um período de existência pós-moderna com ênfase no complexo de golggi e ela vai correndo pela parede com kilograma avaçado, que por sua vez, dá entrada numa parte paleolítica do lobo frontal, exemplificando, estrogonoficamente os paralelepípedos da rua direita à esquerda de Albuquerque. Ou seja, Power Rangers.